Versos quebrados .... resto de poesia
Longe , não muito longe, numa fogueira de São João. Versinhos dizia uma menina:
Longe , não muito longe, numa fogueira de São João. Versinhos dizia uma menina:
“ ....fui andando prum caminho
O capim cortou o meu pé
Amarrei com fita verde
Cabelinho de José.”
O capim cortou o meu pé
Amarrei com fita verde
Cabelinho de José.”
Brincadeiras que não me saem da lembrança, fazíamos versinhos de improviso e nos deliciávamos com nossa pureza e ingenuidade. Depois soube que verso é cada linha de uma poesia e nós erroneamente chamávamos de verso a poesia toda. Interessante é que nas brincadeira de cirandinha ao final da música terminávamos com uma frase de convocação para uma pessoa entrar na roda. Posteriormente dizer um verso bem bonito e dizer adeus e ir-se embora.
Depois de dizer adeus a ingenuidade, percebi que o que chamávamos de verso, chamava-se estrofe por ser um conjunto de versos e nós dizíamos que era trovas, hoje sei que são rimas.
Engraçado! Para você ver meu caro leitor como é a vida, hoje que suponho conhecer relativamente a teoria da poesia, por mais que me esforce, não consigo recuperar a minha meninice alegre. Nem recitar ou refazer os meus ditos versinhos. A sensação é que modifiquei o meu mundo e em contrapartida fui modificado por ele.
Engraçado! Para você ver meu caro leitor como é a vida, hoje que suponho conhecer relativamente a teoria da poesia, por mais que me esforce, não consigo recuperar a minha meninice alegre. Nem recitar ou refazer os meus ditos versinhos. A sensação é que modifiquei o meu mundo e em contrapartida fui modificado por ele.
Às vezes me procuro em Vinícius, ate mesmo em Camões, contudo me perco nas rimas interpoladas dos dois mundos acredito que é pela perda da fantasia. Noutras, sinto-me como rimas pobres de palavras corriqueiras que nem sequer mudam de classe gramatical
Penso as vezes, mas logo desisto, pois a certeza é de que meu caminho será como rimas cruzadas ou em paralelas sem fim e com topadas nas pedras do meio do caminho. Se a rima é a identidade ou a semelhança de um som dentro de um verso e a identidade da criança é a fantasia eu como adulto sou versos quebrados. Um resto de poesia.
( Santiago Derin)
( Santiago Derin)
Somos versos quebrados
ResponderExcluirtentando o mundo quebrar
Hoje são versos e brados
O que outrora era bailar.
.
ResponderExcluirMe amarrei no teu blog, cara.
Acho que vou segui-lo de uma
vez...
Um abração do amigo,
Palhaço Poeta
.