O
prêmio!
Era uma
vez uma mulher que reclamava de tudo! Nada estava bom, tudo tinha defeito, nada
era perfeito. Um dia ela reclamou que estava doente, foi medicada e quando
tomou o remédio reclamou do amargor! A coisa foi piorando, as reclamações
aumentando e diversificando até que morreu. Entretanto, momentos antes, reclamou da falta de ar! Desceu às
profundezas do inferno reclamando e reclamou nos ombros do diabo! Hoje reclama
da quentura do mármore do inferno, mas se sente realizada, junto com ela os demais
reclamantes entoam em forma de óperas lamentações musicadas num perfeito coral
com milhões de infelizes vozes veladas e de veludosas vozes que vagam nos
velhos vórtices sem Cruz e nem Sousa.
(Santiago
Derin)
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