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Num barco, no mar revolto de palavras

Um texto só sobrevive, se arrebanhar um leitor!!!!
Um leitor só existe, se alguém escrever!!!


segunda-feira, 26 de agosto de 2024

 

A cabeça cheia de metáforas

Este monte de papel encadernado é uma chave de alguma porta... Este caminhar é pelas palavras... Estas passadas serão para o futuro... Este palco será meu lar... Estas luzes iluminarão as minhas palavras... Da minha cabeça voarão palavras mais velozes para as páginas dos próximos livros...

Entretanto eu garanto e posso dizer, meu Caro Leitor, em vozes veladas e em veladas vozes que naveguei num mar de palavras e cheguei em Portugal. Agradeci a Pedro Alvares Cabral por ter descoberto o Brasil e a Dom Pedro por ter dado o Grito do Ipiranga! Agradeci também a Luís Vaz de Camões pelas rimas e pelos sonetos. Desci das nuvens esquiando sobre os pingos da chuva como as lágrimas de alegria de um céu emocionado, pela descoberta, de que ainda, existe poetas que valorizam um céu estrelado e, mais ainda, que dele chove, em lágrimas, por ter encontrado as metáforas junto às figuras de linguagem, para num ato heroico brado retumbante, transformar um texto narrativo numa prosa poética.

Para chegar ao Brasil, passei muito além da dor pelo Bojador e, a nado no oceano de palavras no Aurélio, atravessei o universo da semântica. Mas antes para me preparar e, também, para me relaxar para o por vir, joguei truco em forma prosa com Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caieiro e Bernardo Soares e o chefão. Depois troquei várias figurinhas e algumas rimas com todo poderoso Fernando Pessoa! Despedi-me do Poeta e saí dessa visita um convicto contumaz de que ele realmente é um fingidor.

Já no Brasil, no Rio de Janeiro joguei truco com Álvares de Azevedo e dancei uma valsa com a caneta tinteiro em parceria com José de Alencar, visitei o Bruxo do Cosme Velho na Academia Brasileira de Letras, passei pelo quartel e bati continência para o Sargento de Milícia e no final a metonímia surgiu em forma de pergunta 'E agora José?"

O livro findou, a rima acabou, os versos se foram, as forças se esvaíram, a cabeça acusou falhas, sobrou só e apenas este pequeno texto com estas metáforas que passaram pelas escritas de Santiago Derin.

(Sartório Wilen)

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