Era madrugada, perto das quatro horas da manhã quando ela saiu. Parecia preocupada e, até certo ponto, amedrontada. Trocava os lentamente e com certa indecisão seus pés não estavam firmes. Olhava para cima e para baixo, para todos os lados, como receasse ver alguma coisa. Olhava sem ver essa era a impressão, pois quase pisou no gatinho do menino Virgílio, nem percebeu o animalzinho. Esse comportamento só poderia ter uma razão: a combinação do horário com o medo, que a deixava assim.
De repente estacou-se numa posição de susto e o olhar era fixo para a lata de lixo tombada no chão, com certeza, obra do Máscara Negra, um cachorro de hábitos noturnos. Depois os olhos eram para o cachorro na pequena sombra de uma luz do poste. Ele se contorcia sobre algo no lixo, assemelhava-se a um contorcionista circense.
Subitamente a mulher saiu em desabalada carreira, passou pelo portão tão veloz que nem percebi abri-lo e, tive a mesma sensação quando passou pela porta, como um foguete, quase a arrebentou numa violenta batida quando cerrou a mesma.
Lá fora ficou apenas o Mascara Negra em seu contínuo espetáculo e eu como testemunha do cão, da noite, da rua, da moça e da insônia.
De repente estacou-se numa posição de susto e o olhar era fixo para a lata de lixo tombada no chão, com certeza, obra do Máscara Negra, um cachorro de hábitos noturnos. Depois os olhos eram para o cachorro na pequena sombra de uma luz do poste. Ele se contorcia sobre algo no lixo, assemelhava-se a um contorcionista circense.
Subitamente a mulher saiu em desabalada carreira, passou pelo portão tão veloz que nem percebi abri-lo e, tive a mesma sensação quando passou pela porta, como um foguete, quase a arrebentou numa violenta batida quando cerrou a mesma.
Lá fora ficou apenas o Mascara Negra em seu contínuo espetáculo e eu como testemunha do cão, da noite, da rua, da moça e da insônia.
( Santiago Derin)
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